Resumo
Tem vindo a crescer a preocupação dos fatores ambientais como o aquecimento global do planeta e as alterações climáticas, causadas pelas emissões de CO2. Portugal tem procurado fazer uma reestruturação do seu parque electroprodutor através de novos centros hídricos com o intuito de responder às metas ambientais estabelecidas e a aproveitar o potencial hídrico ainda disponível. A EDP e os grupos espanhóis Iberdrola e Indes aproveitaram este novo paradigma para investir na implementação de novos aproveitamentos hidroelétricos, a que se somam os projetos de reforços de potência em algumas das barragens do atual parque hídrico da EDP: Picote, Bemposta, Alqueva, Venda Nova, Salamonde e Paradela. Só a EDP investirá neste conjunto de projectos cerca de 2.500 milhões de euros. Quando concluído, o plano de investimentos aumentará a capacidade instalada em mais 2.400 MW. Um reforço de 52% face ao actual parque hidroeléctrico do Grupo. Este investimento fica para além da simples restruturação por questões ambientais e visa também o reaproveitamento da energia eólica que, teve um crescimento abrupto e desmedido sobretudo na última década, e que não consegue responder aos períodos de maior consumo em Portugal pelo facto de ser uma energia imprevisivel e que é mais provável ser produzida em períodos em que é menos necessário. Transformar a energia eólica "perdida" em energia hídrica "armazenada" através de centrais com grupos turbina-bomba é possível então reaproveitar essa energia.