Novo Paradigma Energético para Portugal
O Plano Energético elaborado em 1982/83, e que esteve na origem da diversificação para o carvão, e mais tarde para o Gás Natural, terminou em 2000 manifestamente o seu “prazo de validade”. E esta obsolescência foi provocada por dois factores fundamentais:
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O Protocolo de Quioto que inviabilizou a utilização do carvão como grande fonte de energia primária em crescimento;
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O aumento do preço do Gás Natural, e a sua indexação na prática na Europa ao preço do petróleo, que veio a tornar economicamente “suicidária” a persistência na aposta quase exclusiva neste vector como “fonte de energia de crescimento”.
A ideia voluntarista de que se podiam promover a qualquer preço as renováveis intermitentes incontroláveis (eólica e solar), está a esmagar a nossa economia, e já demonstrou não poder resolver nada de significativo. Claramente é necessário um novo Paradigma Energético para Portugal, que integre uma avaliação relativa das grandes questões tecnológicas. Esta alteração de paradigma tem que ter como objectivos a redução dos custos médios expectáveis da produção de energia directamente consumida pelos sectores produtivos da economia, em simultâneo com o aumento das componentes nacionais das fontes de energias primárias utilizadas. No leque das oportunidades de diversificação competitiva futura incluem-se a Biomassa, a Hidroeléctrica, a Eólica, e o Nuclear, e a identificação e o início da exploração intensiva das reservas de Gás de Xisto existentes. Ou seja, é necessário construir uma base energética que esteja primordialmente ao serviço da competitividade económica de Portugal.